Histórias com Olhares Diferentes - a narrativa vencedora

Após a realização da oficina de escrita “Histórias com olhares diferentes”, com turmas do 8ºano, cujo ponto de partida foi a narrativa O Fenómeno das Flores Inodoras, de Agostinha Monteiro,  os alunos da escola foram convidados a ler os textos produzidos, expostos na Biblioteca, e a votarem no seu favorito.

Foi o seguinte o resultado da votação: texto 1: 4 votos; texto 2: 3 votos; texto 3: 3 votos; texto 6: 2 votos; texto 7: 3 voto; texto 8: 4 votos; texto 10: 2 votos; texto 11: 1 voto; texto 12: 3 votos; texto 14: 2 votos; texto 16: 4 votos; texto 17: 14 votos; texto 19: 4 voto; texto 20: 1 voto; texto 21: 1 voto; texto 22: 1 voto.

Apurados os resultados, verifica-se que o texto vencedor (nº 17) foi escrito pelos alunos Artur Sousa, nº5; Beatriz Aguiar, nº 7; Bruno Pinto, nº 9; Matilde Melo, nº 22; Santiago Martinez, nº 25; e Tiago Cunha, nº 26, do 8ºD.

Muitos parabéns!

 







 



Aqui fica o texto vencedor:

 

O Fenómeno das Flores Inodoras

 

2035, uma noite de verão, Brooklyn.

Luquinhas, uma criança muito humilde, pediu aos pais um cão, mas estes recusaram, pois iriam dar um cão ao seu irmão, um miúdo mimado e o favorito.

No dia em que os pais de Luquinhas e Artam deram a cadela a Artam, Luquinhas sentou-se triste, pois também queria um cão. Artam chamava a cadela de Estrela, mas Estrela gostava mais de Luquinhas do que de Artam.

Os dias foram passando e Artam foi ficando cada vez mais irritado com o facto da sua cadela gostar mais do irmão, que ele tanto odiava. Então, decidiu fazer algo em relação a isso. Depois de dias e noites a pensar, Artam finalmente criou algo que faria o seu irmão sentir-se mal.

Numa tarde chuvosa, Luquinhas foi brincar com a Estrela no jardim da aldeia, quando reparou que as flores que tanto adorava, perderam o cheiro maravilhoso que sentia sempre.

     O que é que aconteceu com as flores? – disse Luquinhas para si mesmo.

     Ficaram sem cheiro – disse Estrela , o que fez Luquinhas saltar.

     Tu falas?! – perguntou Luquinhas, ainda surpreso por tal acontecimento.

            Estrela abanou a cabeça, simbolizando que sim.

            - Segue-me, eu sei onde está o cheiro. – disse Estrela indo em direção à montanha.

            Luquinhas decidiu seguir Estrela. Passaram horas a andar até que chegaram a uma máquina com um fumo amarelo dentro, ao lado da máquina estava Artam.

            - Parece que me encontraste mano ... – disse Artam – agora deves saber como me sinto ... Os nossos pais podem dar-me tudo, mas nunca me deram o que eu queria ... Amor ... – disse Artam com uma cara triste, enquanto mexia na máquina, - mas eu espero que comigo fora do jogo, eles te deem o que precisas – e de repente um barulho começou a encher a cabeça de Luquinhas. Pi...

Luquinhas acordou. Olhou para o lado e viu os seus pais a chorar em cima do corpo do irmão e mais uma vez aquele som ... Pi ...

Ele olhou em volta, um peluche em forma de cão no seu colo, uma jarra de flores ao seu lado e o seu irmão “desacordado” a seu lado.

Quando Luquinhas finalmente entendeu o que havia acontecido, chorou silenciosamente. Depois do seu irmão dar a sua vida doando-lhe um pulmão, Luquinhas não podia sentir nada a não ser dor ...

 

 



 

 



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